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Papa cita a "esperança desarmada" de Ir. Dorothy Stang na Amazônia

Publicada em: 19/09/2025 12:50 -

Em memória dos novos mártires, Leão XIV recorda aqueles que testemunharam “a fé sem nunca usar as armas da força e da violência, mas abraçando a força fraca e mansa do Evangelho”. Assim como a Irmã Dorothy Stang, "empenhada na causa dos sem-terra na Amazônia: quando aqueles que se preparavam para matá-la lhe perguntaram se estava armada, ela mostrou-lhes a Bíblia, respondendo: «Esta é a minha única arma».

 

Andressa Collet - Vatican News

Neste domingo, 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz para muitos cristãos do Oriente e do Ocidente, o Papa Leão presidiu na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, uma celebração em memória dos novos mártires e testemunhas da fé do século XXI com a participação de representantes das Igrejas Ortodoxas, das Antigas Igrejas Orientais, das Comunhões cristãs e das Organizações ecumênicas que aceitaram o convite feito pelo Pontífice. "Aos pés da cruz de Cristo, nossa salvação, descrita como a 'esperança dos cristãos' e a 'glória dos mártires', o Papa recordou dos "audaciosos servos do Evangelho" justamente com "o olhar voltado para o Crucificado", que 'tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores':

"Muitos irmãos e irmãs, ainda hoje, por causa do seu testemunho de fé em situações difíceis e contextos hostis, carregam a mesma cruz do Senhor: como Ele, são perseguidos, condenados, mortos. [...]. São mulheres e homens, religiosos e religiosas, leigos e sacerdotes, que pagam com a vida a fidelidade ao Evangelho, o compromisso com a justiça, a luta pela liberdade religiosa onde ela ainda é violada, a solidariedade com os mais pobres. Segundo os critérios do mundo, eles foram 'derrotados'. Na realidade, como nos diz o Livro da Sabedoria: «Se aos olhos dos homens foram castigados, a sua esperança estava cheia de imortalidade»."

Leão XIV recorda Irmã Dorothy Stang morta no Pará

 

O Papa Leão, então, procurou dar alguns exemplos dos mártires, porque seriam muitos, já que, "infelizmente, apesar do fim das grandes ditaduras do século XX, ainda hoje não acabou a perseguição aos cristãos; pelo contrário, em algumas partes do mundo, aumentou". Ele citou o Padre Ragheed Ganni, sacerdote caldeu de Mossul, no Iraque, que renunciou à luta para testemunhar como se comporta um verdadeiro cristão; o Irmão Francis Tofi, anglicano e membro da Melanesian Brotherhood, que deu a vida pela paz nas Ilhas Salomão; e também foi ao Brasil para recordar a religiosa americana que lutou durante décadas na região amazônica contra o desmatamento e pelos direitos dos pequenos agricultores e trabalhadores:

 

“Penso na força evangélica da Irmã Dorothy Stang, empenhada na causa dos sem-terra na Amazônia: quando aqueles que se preparavam para matá-la lhe perguntaram se estava armada, ela mostrou-lhes a Bíblia, respondendo: «Esta é a minha única arma».”

 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-09/papa-leao-xiv-em-memoria-martires-testemunhas-da-fe-seculo-21.html

 

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